sábado, 24 de outubro de 2009

Maria Claudia, falta de sorte é o seu nome

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Interessante como a cabeça da gente muda com o passar dos anos em relação ao que te atrai em um homem. Com 17 anos, adorava o estilo bombado. Micareteira nata que era me perdia em meio aqueles "meninões-sarados-sem camisa". Namorei um desse estilo por 6 anos. Não tinha nada mais chato do que ver a devoção dele pelo próprio corpo. Já era. Fiquei solteira de novo aos 23 e a era dos "sarados-obcessivos", tinha ficado pra trás junto com o namorado. Não escolhia tanto mais... Bastava ele ser mais velho que eu, ter mais de 1,80m (eu já grandinha na época! rs) e com um sorriso bonito (tem coisa mais linda do que um homem com uma boca charmosa e um sorriso certinho?! se tem desconheço). E não só isso: que gostasse um pouco menos de si e um pouco mais de mim - trauma deixado pelo ex.
Aos 24 comecei novo namoro e aos 26 desmanchamos o noivado. Durante o nosso namoro, ele foi perdendo suas próprias vontades. Vivia em função da minha vida. Largou o futebol e os amigos por minha causa. Bom seria se ele não esperasse o mesmo de mim. Não deu certo e acabou.
Não sei dizer se é a tal "crise dos 30" já manifestando sintomas juntamente com o medo de ficar pra titia. O que sei é que minhas exigências hoje são outras. Só alguém que me ame e que queira o mesmo que eu. Eu vivia dizendo que só não toleraria homem separado ou com filhos mas hoje, nem impedimento é mais, afinal aos 30 anos, não é mais tão comum encontrar um homem que não tenha sido casado ou tido filhos, certo?
Esse rodeio todo pra contar um fato acontecido semana passada. Em mais uma das minhas tentativas frustadas de esquecer quem me faz esquecer o mundo, saí pra beber com uma turminha nova de amigos. Conheci o João - um cara gente finíssima e super simpático. Aparentemente não é de se jogar fora. E mais do que isso: charmossíssimo! Fiquei encantada com a desenvoltura e a forma dele de se expressar - sempre muito coerente e cheio de argumentos. Apesar do coração estar ocupado por alguém que não merecia estar lá, não costumo deixar chances como essa passar. Pintou um clima. E entre um carinho e outro (nessa hora já interagindo com o pessoal da mesa de novo), tava ali algo que eu não queria ver: uma A-LI-AN-ÇA. De compromisso... mas uma A-LI-AN-ÇA!
Não quis falar a respeito (falar o que?). Na hora de ir embora, ele quis me trazer em casa e eu agradeci inventando que ia dormir na casa da amiga ali perto. Ele quis o celular e eu dei, é claro - porém número errado.
Vamos lá, 37 anos, 1.85m, sorriso lindo, um corpitcho bacaninha, cheiroso, farmacêutico, sem ex-mulher, sem filhos,
e com namorada...
sorte triste, né?!

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Grávida não, gorda mesmo!!!

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Dia desses, na total falta do que fazer, fui numa reunião que tinha como música de fundo um grupo de pagode. Fazia tempo que eu não saía e eu precisava ver gente, tomar umas e estar de novo no meio da multidão.
Eu nem queria sair, mas as minhas amigas insistiram, disseram que eu estava embolorando em casa e, por fim, eu escolhi o vestido que me deixava menos gorda e rumei para o tal lugar.
De início, fiquei bem satisfeita, porque revi muita gente que não via há vários meses e foi bom sentir que sentiam a minha falta.
Ia tudo muito bem até o momento em que fui ao balcão pra comprar a gelosa da rodada. E dei de cara com uma garota que eu sempre vejo "encharcada" até a alma de tudo que é bebida alcóolica e afins. Por milagre, estava sóbria neste dia e me reconheceu.
Foi tudo muito rápido, nem deu tempo de reagir. Ela me falou oi, perguntou como eu estava, colocou a mão na minha barriga e disse toda emocionada: "Que gracinha, tá de neném!"
Héin? Ah, pelo amor de Deus, isso lá é coisa de se dizer a qualquer mortal sem ter certeza absoluta da informação?
Respondi sonoramente que "Não, estava gorda mesmo!" A menina ficou sem graça, eu fiquei com raiva, mas troquei de assunto logo pra não mandá-la à PQP por estragar minha primeira saída em muitos meses.
Ela ainda teve o displante de me pedir pra pagar uma cerveja pra ela. Ela estava sem dinheiro, por isso ainda estava sóbria! Rs. Pensei por alguns segundos e, em seguida, comprei a lata pra ela. Quando entreguei a cerveja solicitada, pensei com meus botões: "Isso, beba desgraçada, assim sua boca fica ocupada e você não tem oportunidade de falar besteira!"
Eu héin! Fui pra casa meio arrasada e pensando ainda mais em recomeçar na academia. Isso claro. assim que o meu pé contundido há quinze dias permitir.
Affff! Tem gente que não sabe mesmo conviver em comunidade!!



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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O amante espanhol

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Ele era desses tipos que não se importam com o que rola nas paradas. Não se ligava na música do momento, na roupa do momento, muito menos na opinião de quem quer que fosse. Tinha personalidade, era isso.
E se interessou por mim num momento em que eu namorava um carinha lá que não tinha muito a ver comigo, mas me ajudava a manter o meu ex super complicado bem longe de mim. Claro, esse tal carinha era apaixonado por mim e me tratava super bem, mas não tinha definitivamente nada a ver comigo. Enfim, esse era o meu contexto de vida quando ele (o espanhol) apareceu.
E eu nem tinha reparado nele, antes de todo mundo da minha turma de amigos me dizer que ele só falava de mim, no quanto eu era linda, inteligente, etc. etc. etc. E depois que me disseram, eu mal conseguia olhar pra ele. Cumprimentava sem graça, geralmente com o meu namoradinho da época a tiracolo e sem olhar nos olhos dele.
A primeira vez que olhei nos olhos dele já sabendo que ele estava me querendo, senti aquele arrepio na espinha e um choque elétrico na boca do estômago. Algo que eu pensei que ia demorar a sentir (ou talvez nunca mais depois de um namoro trágico de quatro anos).
A paixão veio fulminante e o namorico de escudo pro ex complicado não durou nem cinco dias depois d0 surgimento do meu espanhol Eu o chamava assim por causa do nome dele que era hispânico do início ao fim. Rs.
Avassalador é o adjetivo adequado para o que sentia por ele. Eu era capaz de passar horas conversando com ele sem me cansar. O resto tudo era bom e exatamente do jeito que eu precisava depois de tudo. Aquele espanhol me deu em três meses de rolo, ficada ou namoro a dose certa de carinho, compreensão e pé no chão. Isso eu nunca tinha tido no decorrer da minha vida.
E pra mim foi muito bom ter com um cara bacana, inteligente, correto e, que tinha sido, até aquela época, o melhor sexo que eu já tinha experimentado. Infelizmente, não deu pra seguir com o relacionamento, por causa da distância, das neuras dele e das minhas também. Rs.
Mas foi bom viver aquilo tudo, com aquela intensidade e naquele momento. Quando acabou fiquei tristinha e tals, mas depois de um tempo aceitei que certas coisas só acontecem pra fazer bem. E quando fazem já é um sinal de que deram certo.
O meu amante espanhol foi o protagonista de uma fase muito boa da minha vida. E deu tão certo que nos encontramos quase dois anos depois para um "revival" que foi, no mínimo, perfeito. Sem cobrança, sem neura, sem preocupação. Só o alívio de uma saudade que eu penso que sempre vai existir, uma vez que a gente sempre sente saudade do que foi bom.
Saudade de ser feliz de verdade, mesmo que por algumas horas. Se isso não é modernidade, então eu conheço a definição correta da palavra.
Ser feliz é o que importa. Não importa o quanto dure, "toda e qualquer forma de amor já é um descanso da loucura" da solidão.


OBS: Afanei um pensamento de João Guimarães Rosa, inclusive trazido até mim pelo próprio espanhol que, num passado feliz, me trouxe de volta da solidão.



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sábado, 3 de outubro de 2009

O caso do cara de 30

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Eu sabia que essa história do cara de 30 anos que já tinha sido casado duas vezes e era lindo de morrer não ia dar certo. Tá! Admito. Lindo de se olhar ele era mesmo.
Ele chegou já todo a vontade e não tinha ido sozinho. Um amigo tipo "Zé Mayer", sabe? E a minha amiga logo esqueceu que eu estava na mesa.. Tá! Pra eu não ter que ir embora ouvindo ela falar que eu sou difícil demais, que eu não dou abertura pros caras e tals, ativei a personalidade mais simpática que eu encontrei dentro de mim. Doce ilusão... que eu encontrei
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o Zé: então quer dizer que você é a tal "Maria Cristina" que a Norma tanto fala?
a coitada aqui: Maria Cláudia! (o sorriso arranjado já tinha desarmado)
o Zé: Ah sim! desculpa. Mas os 2 nomes começam com C né?! Quase a mesma coisa..
eu: Ah tááaaaaaaaa (pra não render!)
o Zé: Mas é verdade. Meu nome é José e do meu irmão João. Lá em casa a gente nem liga mais. Todo mundo troca os nomes apesar do meu irmão não ter nada a ver comigo. Ele é a parte ruinzinha da família, sabe como é né?! O "pega ninguém" lá de casa.
eu: Pffff... e você é o pegador, eu suponho... (kkkkkkk... me ajuda que eu tenho problema, né??!)
o Zé: Ponto pra você lindinha! Gostei de ver!
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Hãn? Gostou de ver? O que? heeeein? E eu tenho idade pra ficar dando moral pra homem-casquinha. Por que se por fora o cara agrada, por dentro é "oquinho" da silva. Enquanto isso Norma no maior love com o Zé Mayer cover. E o brucutu tentando aparecer pra mim de todas as formas. Só que essa hora, já era - a noite pra mim também. E só ele não percebia. Ficou contando dos seus casamentos mal sucedidos, das vezes que namorou 2 mulheres ao mesmo tempo, blá blá blá. Delicadamente, pedi licença a ele e disse que ia ao banheiro. E ele nunca mais me viu. O pior: pegou meu celular com a Norma e dia desses 7h da manhã me manda uma mensagem:
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"Danadinha, não aguentou a pressão ontem, né?! Eu entendo, aliás, tô acostumado a assustar as mulheres. Mas precisa ficar assim não. Te ligo no fds pra gente tomar um chopp e bater mais papo. Adorei você sua fujona! Beijãozão."
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Uiii! O número do celular dele! Como é que eu poderia perder a chance de gravar o número do semi Deus-grego? Gravei na hora - NÃO ATENDER JAMAIS NESSA VIDA. afff...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A saga de ser mulher

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Quem me conhece, já me ouviu falar pelo menos 100 vezes que quero ser homem na próxima vida. É sério! Minha personalidade não cabe dentro dos limites da ex-mocinha e agora mulher Maria Cláudia.
Apresento a vocês a personagem do meu caso de hoje:
Amiga Norma, 42 anos - a mulher mais vaidosa que eu conheço no mundo. Apesar dos 15 anos de diferença, a gente sempre se deu bem. Ela é separada, não teve filhos, tem uma mente super jovem e tem um corpinho que dá de 10 a 0 no da pessoa aqui.
Pois bem. Ontem ela queria dar uma volta (ela não desiste de me convencer que seg, ter e qua são os dias em que os homens verdadeiramentes interessantes estão na noite!). Subi no salto, coloquei a única calça jeans que ainda me serve (Leinha e eu vivemos o mesmo dilema atualmente!) e fomos. O lugar, ela escolheu.
Eu, particularmente, não gosto de cara novo. Menos de 30 aninhos pode passar direto faça me o favor! E sabendo disso, ela escolheu um bar estratégico. Ah tááá! Pensa naquele frango assado de padaria? Ficam todos ali expostos se mostrando e vc escolhe o mais bem aparentado. Foi como eu me senti ontem. 70% do bar - homens. Em pé no balcão, andando pelo bar ou jogando sinuca e tals. E parte feminina do bar, sentadinha nas mesas com aquelas caras de "pode chegar! eu tô disponível". Os caras passavam analisando as mesas... uma a uma. Eu, sinceramente, tava me sentindo numa banca de oferta. Ou no tal forno de frango assado da padaria.
Ser mulher não tá com nada não. Tenho amigos homens de 35 anos que ainda não se sentem preparados para casar. Eu com 25 já estava semi-desesperada (é! hoje eu tô completamente!!). Em 99,998% dos casos é o homem que escolhe; a mulher é escolhida e se ela não quiser ele, no problem; ele escolhe outra na maior facilidade. E você sobra.
E aí, a gente vai ficando... ficando...
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Voltando à Norma. Depois de um tempo de super exposição contrariada da minha figura, o telefone da amiga toca e ela dá a coordenada de onde estamos sentadas. - Hãn?
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É M. Cláudia! Chamei um amigo meu pra te conhecer. Acho que ele tem tudo a ver com vc. Tem 30 anos, é lindo, já foi casado 2 vezes e tem o cabelo bom. Você vai adorar, eu tenho certeza!
Agora a pergunta que não quer calar.. Desde quando um cara de 30 anos que já foi casado 2 vezes é um bom partido para se apresentar a uma amiga?! tsc, tsc, tsc. No próximo post conto os detalhes da pessoa, do papo e do resto que rolou..